Lições de marketing digital que aprendemos com a Netflix
Quem quer conquistar a melhor estratégia de marketing digital deve estar sempre atento aos cases de sucessos existentes. Pode ser de concorrentes ou até mesmo de áreas totalmente diferentes das que você está inserido ou conhece. Afinal, por mais que as empresas e os segmentos sejam diferentes, sempre é possível aprender algo com acertos. Esse aprendizado, por sinal, é valioso e pode ser o insight que você necessitava para melhorar uma ideia, um processo etc. E quando falamos em sucesso, especialmente nos meios digitais, é difícil não falarmos da Netflix.
O setor do entretenimento foi profundamente afetado com a popularização da internet. De repente milhões de pessoas tinham outras formas de ouvir música, ler livros, ver séries e filmes. No final dos anos 1990 e começo dos 2000, a pirataria particular dominava a rede e trazia dor de cabeça à indústria. A da música foi uma das primeiras a sentir o efeito e não tardou a culpar os downloads ilegais como responsáveis pela queda na venda de CDs. Conforme a velocidade da rede foi aumentando gradualmente, logo as produções audiovisuais, como o cinema, também sofreram esses efeitos.
Apesar de que nem todos estavam dispostos a ver um aguardado lançamento em baixa qualidade e em uma tela menor, mesmo que fosse no cinema ou em DVD. Assim, uma importante mudança ocorreu: em vez de baixar os conteúdos os sistemas de streaming se fortaleceram. Por meio deles é possível consumir os mais variados temas e formatos sem a necessidade de ter o arquivo baixado em seus dispositivos. Entre os grandes nomes está a Netflix, que logo se tornou o principal serviço de streaming de produções da indústria audiovisual do mundo.
Netflix: um case de sucesso
No início, o catálogo disponível, acessado por assinantes, era composto basicamente de produção de terceiros. A primeira grande lição que a Netflix nos dá tem a ver com o marketing de conteúdo. Sim, oferecer produções de outros estúdios e redes era interessante. Mas será que seria o suficiente para manter o interesse do público?
A empresa apostou no “não” e, assim, começou uma jornada de produção de conteúdo original. Atualmente grande parte de seu catalogo é formado por produções próprias e a tendência é que esse número só aumente. Além de original, o conteúdo produzido pela Netflix se destaca pela grande qualidade, sendo responsável por alguns dos fenômenos da cultura pop atual. Apenas pela junção da produção original e de qualidade produzida fora dos estúdios tradicionais já modificaria o cinema. Mas a empresa foi além. Com uma estratégia ousada, promete forçar mudanças ainda mais profundas no mundo do entretenimento.
O cinema sempre foi o meio utilizado para a divulgação e a monetização de grandes produções. A arrecadação na bilheteria por muito tempo foi considerada o principal indicador de sucesso de um filme. Para isso, as produtoras garantiam exclusividade da obra aos cinemas por um período de 90 dias e, após esse tempo, poderia ser veiculada em outras plataformas. Atenta às mudanças no comportamento do consumidor, a Netflix inovou ao realizar lançamentos no cinema e em sua plataforma. Assim, atingiu tanto aqueles que não abrem mão da experiência da tela grande quantos os que preferem o conforto do lar.
O primeiro lançamento desse tipo foi o filme “Beast of no nation”, de 2015, uma produção original da Netflix, que ainda não foi veiculado na TV por falta de acordo com as principais emissoras. Há, ainda, em seu catálogo de originais, filmes, documentários, animações, séries, reality shows, dentre outros formatos. O resultado é que a indústria do cinema está pronta para rever suas práticas. Além dessas produções, a Netflix utiliza muito bem as ferramentas de marketing em seus canais. Nas redes sociais, interagem com as pessoas, estão sempre atualizadas, com linguagem jovem e que chama atenção. A empresa também se inovou na utilização do SAC de forma a facilitar o contato e a solução do problema entre empresa e o contratante do serviço.
Muitas vezes se tornou até mesmo viral com personagens e artistas famosos, como os teasers com Valesca Popozuda, Inês Brasil, Narcisa, para “Orange is the new black”, com a Sandy, para La casa de papel, e Xuxa, para “Stanger things”, por exemplo. E tem outro fator importante: o buzz marketing, que é todo o conteúdo gerado pelas pessoas (fãs) que falam das séries, filmes ou outras produções e da própria Netflix. Podem ser canais no YouTube que fazem resenhas de séries ou filmes, podem ser blog posts, como este aqui que você está lendo J, ou outros formatos. Mas é algo que gera engajamento e deixa o nome da Netflix em alta, de forma positiva e sem custos para a empresa!
Em termos de marketing, a Netflix nos ensina que é preciso considerar a diversidade do mercado e valorizar a experiência. É preciso, também, estar presente nos canais que são relevantes ao seu público. E essa é uma valiosa lição que deve ser aprendida por quem aposta no marketing digital para o seu negócio.
Por aqui, ficamos ansiosos para saber o que a empresa, que é a melhor amiga dos maratonistas de séries, ainda irá realizar. O que é certo é que os impactos não poderão ser ignorados.
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Que a força esteja com você!
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